quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

TRILHA DO MAIS EDUCAÇÃO / FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS NA FAZENDA CACIMBA DE CIMA

Semana passada fui convidado por Nevolândia a fazer um trabalho voluntário guiando os adolescentes do Programa Mais Educação em parceria com o Núcleo de Fortalecimento de Vínculos em uma trilha para esta quarta, 16/12/2015. A princípio eu tinha escolhido Santa Rosa, mas a distância e essa questão da água me fizeram optar pela Fazenda Cacimba de Cima, localizada no município de Fernando Pedroza RN. Aproveitei para mostrar a importância da água sobretudo na zona rural devido o consumo humano e animal, o impacto da seca, os recursos utilizados para conviver na caatinga, a situação do açude (um dos maiores da região), e também um pouco da história da fazenda.

Estavam na trilha: professora Aldenoura, Vanessa Fonseca Coordenadora do CRAS, os monitores Katiane, Zilda, Danara, Adriano e Ligiane, além do trilheiro Leandro Souza e este blogueiro (Cícero)que voz escreve.

A fazenda Cacimba de Cima

Hoje pertence a Roberto S.F. de Holanda (Dr Becil), administrada por seu filho Sandro Becil. É uma fazenda histórica porque além de sua idade - provavelmente centenária ou quase isso - conserva uma arquitetura que acaba sendo um documento que permite estipular as atividades exercidas por lá no passado e presente; tem um grande açude construído quando a fazenda pertencia a Tomás Pereira, segundo Ivo e Nicolau este foi construído usando jumentos, mas hoje agoniza na seca; também constitui-se num grande exemplo das relações coronelísticas latifundiárias do passado, já que sua divisa num certo tempo começava perto do Cabugi, passando pela Fazenda Araras, se estendendo até os arredores da Serra do Feiticeiro, portanto compreendendo os limites de dois territórios: Fernando Pedroza e Cerro Corá, extremando com Lajes e Angicos, outra característica dessa estrutura política social e econômica é a grande quantidade de casas na sede da fazenda, esta durante muito tempo foi grande produtora de algodão e de gado. Doutor do Cabugi falou que "haviam animais que nasciam e morriam nas serras sem nunca pisarem no curral", tão grande era a propriedade.

Observe abaixo a situação dramática atual do açude, alguns tilápias que ainda restam estão morrendo devido a falta de oxigênio.
                                                       Garças ainda povoam os arredores do açude
Abaixo observamos ovinos no pasto de capim que os homens plantam na medida em que o açude vai secando, são as famosas vazantes, que também podem ser de feijão, milho, melancia ou batata.
Abaixo os adolescentes observam um borrego morto que estava sendo comido pelos urubus.
                                            Abaixo, os tetéus fuçam a água em busca de comida
As vacas observando a passagem dos adolescentes, nesse período do ano elas ficam mais dóceis por ficarem mais dependentes do homem que costuma queimar xique xique diariamente para alimentá-las.
                                                                                 Sede da Fazenda Cacimba de Cima
Sótam da fazenda Cacimba de Cima, alguns dizem que ele é mal assombrado. Para quem acredita pode ser instigador ou assustador.
Abaixo meninos observam nossas explicações
As selas não podem faltar em uma fazenda. Já canta Luizinho Aboiador: "sertão que não tem vaqueiro, pra mim nunca foi sertão".
Vanessa agradecendo aos trilheiros Leandro e Cícero e passando informes sobre a programação do dia
                                                                Casa na entrada da Fazenda Cacimba de Cima

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