sexta-feira, 18 de maio de 2012

Desmistificando as cobras - a Jararaca

Jararaca Foto Roberta Rocha

É comum tanto nas grandes cidades quanto no campo encontrarmos alguém que tenha alguma história pra contar sobre algum acontecimento envolvendo as “cobras jararacas”. Estas serpentes despertam grande medo no homem mas tentaremos mostrar aqui o quão fascinante são as “jararacas”. As serpentes popularmente conhecidas como jararacas são incluídas nos gêneros Bothropoides, com 10 espécies, e Bothrops que, por sua vez, possui 22 espécies (além de Rhinocerophis, Bothrocophias, Bothriopsis e Porthidium). Como podem notar estamos falando de um universo de mais de 30 espécies diferentes! Como representantes da família viperidae as jararacas possuem características marcantes como a presença da fosseta e de pupila vertical além de dentição solenóglifa e claro a produção de veneno.

Grande parte das espécies de “jararacas” concentram a atividade durante o final da tarde e ao longo da noite. Durante o dia elas são encontradas protegidas sob pedras e troncos nas áreas naturais. Estas serpentes se alimentam de outros vertebrados e para a grande maioria, das quais se conhece a dieta, os jovens se alimentam de presas ectotérmicas, geralmente alguns invertebrados, anfíbios e lagartos e os adultos consomem mamíferos. Este fato é tecnicamente denominado de mudança ontogenética da dieta.

As serpentes dos gêneros Bothropoides e Bothrops são típicas de ambientes de mata vivendo entre as plantas e sobre a serrapilheira. Portanto os encontros desses animais com o homem ocorre em função de atividades em áreas naturais ou do desmatamento e transformação de áreas de mata em, por exemplo, campos de pastagens, expansão dos limites urbanos ou qualquer outro tipo de alteração. Como a defesa desses animais é a picada com inoculação de veneno quando o homem descuida acaba, por vezes, sofrendo com os efeitos do veneno inoculado. Hemorragia, necrose e dor são os principais sintomas da intoxicação por veneno das jararacas e por vezes culmina na amputação do local da picada caso o socorro não venha a tempo. Por isso quando estamos em atividade em áreas naturais é importante ficar atento ao local onde pisamos além de utilizar equipamentos de proteção como botas e perneiras.

Fonte: blogdonurof.wordpress.com

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